“variações infímas podem alterar irreversivelmente o padrão dos acontecimentos” Uma simples mistificação dos economistas americanos, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias, cientificamente dada a conhecer á Humanidade por Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos.

sexta-feira, março 26, 2010

Social-Democracia, o fim de um ciclo

Ignacio Ramonet

As ideias também morrem. O cemitério dos partidos políticos extravasam de tumbas onde jazem os restos de organizações que outrora provocaram paixões, moveram multidões e hoje são pasto do esquecimento ¿Quem se recorda da Europa, por exemplo, do Radicalismo? Uma dessas forças políticas (de centro-esquerda) mais importantes da segunda metade do século XIX foi levada pelos ventos da História… ¿ Que é feito do Anarquismo? ¿ ou do Comunismo de Estaline? Que foi feito daqueles formidáveis movimentos populares capazes de mobilizar milhões de camponeses e operários? Que foram senão devaneios?
Pelos seus próprios abandonos, abjurações e renúncias, a social democracia europeia também está hoje arrastada para a beira do sepulcro... o seu ciclo de vida parece acabar-se. E o mais incompreeensivel é que semelhante perspectiva se produz no momento em que o capitalismo ultraliberal atravessa um dos seus piores momentos. Porque é que a social-democracia se deixa morrer quando o ultraliberalismo está em plena crise? Sem dúvida porque, perante tantas urgências sociais, não souberam gerar entusiasmo popular. Navega por tentativas, sem bússula e sem teoria; dá a impressão de estar avariada, com um aparelho dirigente encravado, sem organização nem ideário, sem doutrina nem orientação… e sobretudo sem identidade: no principio do século XX era uma organização que devia fazer a revolução, e desde cedo renegou esse empenho; era um partido operário, e hoje é o das classes médias urbanas acomodadas.

As recentes eleições demonstraram que a social-democracia europeia já não sabe dirigir-se aos milhões de eleitores vítimas das brutalidades do mundo pós-industrial engendrado pela globalização. Essas multidões de trabalhadores descartados, de novos pobres dos subúrbios, da geração de mil-euristas, de excluídos, de reformados em plena idade activa, de jovens precarizados, de famílias de classe média ameaçadas pela miséria. Meros empecilhos populares danificados pelo choque neoliberal… e para os quais a social-democracia parece não dispor de discurso nem de remédios.
Os resultados das eleições de Junho de 2009 demonstraram o seu descalabro actual. A maioria dos partidos dessa família retrocederam. E os partidos na oposição também recuaram, particularmente em França e na Finlândia.
Não souberam convencer da sua capacidade para responder a desafios económicos e sociais provocados pelo desastre do capitalismo financeiro. Se faltava algum indício para demonstrar que os socialistas europeus são incapazes de propor umas politica diferente daquela que domina o seio da União Europeia, essa prova foi dada por Gordon Brown e José Luiz Zapatero quando apoiaram a vergonhosa re-eleição à presidência da Conmissão Europeia o ultraliberal José Manuel Durão Barroso, o quarto homem da Cimeira dos Açores…
Em 2002 os sociais-democratas governavam em 15 paises da União Europeia. Hoje, apesar da crise financeira ter demonstrado o impasse moral, social e ecológico do ultraliberalismo, já só governam em 5 Estados (Espanha,Grécia, Hungria, Portugal e Reino Unido). Não souberam tirar partido do descalabro neoliberal; e os governos de três desses países – Espanha, Grécia e Portugal, atacados pelos mercados financeiros e afectados pela “crise da divida” – caíram no descrédito e impopularidade ainda maior quando começam a aplicar, com mão de ferro, os programas de austeridade e as politicas anti-populares exigidas pela lógica da União Europeia e seus principais descerebrados

Repudiar os seus próprios fundamentos tornou-se o habitual. Faz tempo que a social democracia europeia decidiu adoptar as privatizações, estimular a redução dosencargos do Estado à custa dos cidadãos, tolerar as desigualdades, promover o prolongamento da idade de reforma, proceder ao desmantelamento do sector público, ao mesmo tempo que incentivava as concentrações e fusões das mega-empresas e auxiliava os bancos. Levam anos aceitando, sem grandes remorsos, converter-se ao social-liberalismo. Deixaram de considerar prioritários alguns dos objectivos que faziam parte do seu ADN ideológico. Por exemplo: o pleno emprego, a defesa dos bens sociais adquiridos ou a erradicação da miséria.
Desde finais do século XIX até aos anos 30, cada vez que o capitalismo deu um salto transformador, os social-democratas, quase sempre apopiados pelas esquerdas e pelos sindicatos, aprontaram respostas originais e progressistas: sufrágio universal, ensino gratuito para todos, direito ao emprego, segurança social, nacionalizações, Estado social, Estado de Bem Estar… essa imaginação politica parece esgotada.
A social democracia europeia carece de uma nova utopia social. Na mente de muitos dos seus eleitores, até os mais modestos, o consumismo triunfa, assim como o desejo de se enriquecerem, de divertir-se, submergir-se em abundância, de ser feliz sem má consciência… Frente a esse hedonismo dominante, provocado de forma permanente pela publicidade e pelos meios massivos de manipulação, os dirigentes social-democratas já não se atrevem a ir contra a corrente. Chegam inclusivamente a convencer-se de que não são os capitalistas os que enriquecem com o esforço dos proletários, mas que são apenas os pobres que se aproveitam dos impostos pagos pelos ricos… Pensam, como afirma o filósofo italiano Raffaele Simone, que “o socialismo só é possível quando a desgraça se ultrapassa em excesso por ela mesma, quando o sofrimento rebaixa em muito o prazer, e quando o caos triunfa sobre as estruturas”
Por isso quiçá, em contraste, está a renascer hoje com tanta pujança e tanta criatividade, o novo socialismo do século XXI em alguns países da América do Sul (Bolívia, Equador, Venezuela); enquanto que na Europa a social democracia chega ao final de um ciclo.
(traduzido de Le Monde Diplomatique, France)
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quarta-feira, março 24, 2010

Kaplan

"Viaje Al Futuro Del Imperio: La Transformación de Norteamérica en el Siglo XXI"
autor
Robert D. Kaplan

biografia e obras

a tentação da escrita no paradigma neoliberal

com ligação para aqui

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declarem vitória e deixem o Iraque

o dia de hoje na História
2003 - British Prime Minister Tony Blair told the House of Commons that coalition forces were well on their way to Baghdad and victory in Iraq was "certain" despite some "anxious moments" ahead.

"as coisas não correm bem a Obama"

ainda não passaram 24 horas sobre a assinatura do decreto que viabiliza o "serviço nacional de saúde universal" norte americano, e já 11 Estados afirmam que se vão negar a promulgá-lo. Em defesa dos seus contribuintes afirmam que "o Congresso não tem autoridade para legislar sobre matéria inconstitucional (fonte: Reuters)

O que dizia Sarsfield Cabral em fins de 2009: "a grande reforma da saúde está longe da conclusão, sendo imprivisivel o que resultará no fim. A reforma é impopular...

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SWIFT, a espionagem yankee sobre dados bancários de europeus

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terça-feira, março 23, 2010

liberdade de imprensa

uma referência ao comunicado da ETA, aqui referido, saiu publicado numa página interior de um jornal gratuito ao lada do anúncio das pílulas para emagrecer Finish


ler para crer:
"Chávez nega estar a proteger terroristas e ameaça cortar relações com Espanha. Alto cargo do governo venezuelano está entre os procurados"

segunda-feira, março 22, 2010

Espanha

sexta-feira, março 19, 2010

"O Escândalo Politico em Portugal"

uma recensão ao livro de Bruno Paixão
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quinta-feira, março 18, 2010

controlar a especulação financeira? não obrigado!

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terça-feira, março 09, 2010

Cavaco em campanha

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segunda-feira, março 08, 2010

8 de Março

domingo, março 07, 2010

Divida pública portuguesa é de 107% do PIB

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para já, até ver, ficam-se pela delapidação do património público:

o Conselho de Ministros em reunião extraordinária anunciou este sábado as principais medidas do PEC a implementar para reduzir o défice para 3% do PIB até 2013. Depois do congelamento dos salários dos funcionários públicos, da eliminação de alguns benefícios fiscais e da imposição de limites ao endividamento do Sector Empresarial do Estado, o Governo vai apresentar um programa de privatizações de 32 participações financeiras em empresas públicas que estão registadas com um valor de 436,8 milhões de euros, em termos de capital social

sexta-feira, março 05, 2010

o candidato a governar-se Aguiar-Branco

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revista Sábado, 4 de Março

segunda-feira, março 01, 2010

a avaliar pelos efeitos causados afinal a Al-Qaeda existe mesmo

 
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