“variações infímas podem alterar irreversivelmente o padrão dos acontecimentos” Uma simples mistificação dos economistas americanos, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias, cientificamente dada a conhecer á Humanidade por Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos.

segunda-feira, outubro 31, 2011

sobre a divisão de Classes Sociais (I)

A minha contribuição para o debate sobre as “Funções do Capital e do Trabalho: em torno da identificação económica das Classes Sociais”, despoletado por João Valente Aguiar, no 5 Dias (1ª Parte):

"Em boa verdade a “Economia” (esta que temos no presente, ou outra qualquer alternativa) é sempre uma determinada forma de organização social. No presente paradigma, desde a década de 70 (Nixon& Kissinger/ desanexação do dolar face ao ouro, etc) os decisores imperialistas optaram/apostaram, na nova divisão internacional do Trabalho, pelo modelo de exploração do proletariado do 3ºMundo, em particular na exploração da classe operária chinesa.


















Com esta opção as classes dominantes locais no Ocidente (primeiro nos EUA) livraram-se temporariamente da contestação social exercida pelos seus assalariados, desindustrializando o seu território, terceirizando dentro do possivel os operários remanescentes e descartando uma maioria significativa de pessoas como imprestáveis. Os resultados a longo prazo desta opção ainda não estão totalmente clarificados- excepto que o destino do Ocidente parece ter sido colocado como dependente das decisões do Partido Comunista da China, isto é, de um sistema PLANIFICADO (ao invés da balda da livre-entrepreneurship neocon/neolib), um sistema económico que serve os interesses da classe operária chinesa e dos seus aliados a nivel global, num espirito internacionalista)
Portanto, não há nada aqui que seja incompativel com Marx e o seu famoso apelo “operários de todo o mundo uni-vos” para varrer da História a besta fascista do neo-feudalismo que desta vez vem mascarado e optimizado pela religião tecnológica com que se exorcisa uma boa parte das novas vitimas do esclavagismo capitalista"

Kissinger ainda anda por aí e por alguma razão, a averiguar, publicou já em 2011 um livro intitulado “On China” – que deu o mote ao preclaro director do Expresso para escrever: “durante a guerra do ópio no século XIX duas ou três fragatas chegaram para domesticar a China, mas, mesmo assim, a corte imperial recusou adaptar-se, recusou abrir-se ao exterior”. Que o corte com o paradigma do capitalismo selvagem parece vir a ser violento parece não oferecer dúvidas aos arautos de mais uma trágica carnificina

Ler:
no Resistir: "Das guerras do ópio às guerras do petróleo"

Raízes de David Cameron fundam-se em crimes de agressão imperialista à China no século XIX

"Os antepassados da família Cameron têm uma longa história no ramo financeiro. O seu bisavô pelo lado paterno, Emile Levita um judeu alemão, está relacionado com a família bancária judaico-alemã Goldsmid, e obtiveram a nacionalidade britânica em 1871. Levita foi director do Chartered Bank of India, Australia&China. A filha de Emile, Enit Levita é a avó do agora 1º ministro britânico David Cameron pelo lado paterno. Na sequência das Guerras do Ópio, na medida em que se descobria o desenvolvimento da cultura do ópio na China, as importações da droga aumentaram mais de 50 por cento entre 1863 e 1888. Estas transacções trouxeram um lucro substancial para a administração maçónica e judaica do Chartered Bank, que controlava o comércio nessas regiões. O banco passou a ser um dos principais autorizados emissores de notas em Xangai, passando a emiti-las a partir de 1862 também em Hong-Kong, um privilégio que continuou a exercer até aos dias recentes da autonomia da colónia" (aqui)

 
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