“variações infímas podem alterar irreversivelmente o padrão dos acontecimentos” Uma simples mistificação dos economistas americanos, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias, cientificamente dada a conhecer á Humanidade por Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

o determinismo das abelhas vs o triunfo da vontade dos arquitectos

as causas da histeria

Qualquer que seja a nossa opinião sobre a experiência passada do socialismo possivel, uma coisa é inegável:
Foi a primeira vez na história humana em que uma sociedade existiu não espontaneamente, não na base do desenvolvimento espontâneo da história, independente da vontade humana, mas com base numa concepção humana.
É verdade, o que existiu pode não ter correspondido plenamente ao que se concebeu; no entanto, o socialismo, mesmo tal como existiu, foi o primeiro modo de produção não espontaneamente originado na história humana. Àparte o seu significado histórico, no estabelecimento do poder das classes antes exploradas, na derrota do fascismo, no estímulo à auto-libertação das nações oprimidas do imperialismo, em obrigar o capitalismo, ainda que transitoriamente, a adoptar medidas de Estado de bem-estar, jamais se deve perder de vista que o socialismo representa o primeiro grande esforço da humanidade para transformar uma visão em realidade.

Na realidade o socialismo definiu, em grande medida, os contornos do avanço civilizacional no século XX.
E deixou uma marca indelével em todos os aspectos do século. A partir de então, a humanidade nunca mais se conformará em deixar o seu destino ao sabor das forças cegas da história. A vitória do socialismo, não necessariamente sob a forma que assumiu originalmente, mas talvez sob outra forma, representando uma visão que vai além do capitalismo no sentido da emancipação social, é garantida e inevitável.
Nestas condições, como disse outrora Rosa Luxemburgo e diz hoje Fidel Castro, a escolha que se coloca diante da humanidade é entre o socialismo e a barbárie.

lenha para a fogueira:

"Criou-se um hábito, um mal hábito, de se separar um autor das bases teóricas que lhes serviram de suporte; separá-lo dos seus pressupostos teóricos e históricos imediatos. Esta separação levou que alguns conferissem os louros de pensamento original, no sentido de exclusividade, a autores cujo o grande mérito foi justamente desenvolver teses elaboradas por outros, ainda que enriquecendo-as.
Nos trabalhos académicos sobre Gramsci parece ser bastante comum este procedimento. Estudou-se, e escreveu-se, sobre o pensamento de Gramsci desvinculando-o de seus pressupostos teóricos e políticos imediatos, que foi o pensamento e a ação política de Lenine.
E Gramsci foi, na minha opinião, acima de tudo, um leninista.
Muito do que foi-lhe atribuído como contribuição exclusiva não é nada mais - e isto é muito - que a aplicação original das teses defendidas por Lenine.”

Augusto Buonicore (Comité Central do PC do Brasil)

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