"A história de El Chapo e Kate não é uma história de amor, mas de fascinação"
entrevista com Arturo Pérez-Reverte
Kate é tão boa atriz que fez um trabalho de integração da personagem tão intenso que ninguém pode sair psicologicamente incólume desse exercício. Embora seja uma atriz e uma mulher civilizada e inteligente, depois desses setenta episódios rodados da telenovela nunca poderia ver o narcotráfico de fora. Não é que se tenha transformado numa narca, mas a personagem de Teresa já faz parte da personalidade de Kate. Ofereço o problema aos psicólogos (...) toda a simpatia que possa sentir por Kate nesta história desaparece quando penso em Sean Penn. Porque El Chapo existe porque os compatriotas de Sean Penn consomem o que El Chapo lhes está a vender. E assim arruínam-me os personagens. Há um certo narcisismo no afã de Penn em contar como chegou até El Chapo. Isso pôs Kate em perigo e muitas outras pessoas também. E receio que Penn não tenha conseguido resistir à vaidade de contar a sua própria história"
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