Karl Marx
(biografia)
“Historicamente, a burguesia desempenhou um papel muito revolucionário. Sempre que teve vantagens, a burguesia pôs termo a todas relações feudais, patriarcais e idílicas. Quebrou impiedosamente as correntes feudais que ligavam o homem aos seus superiores naturais e não deixou outro elo entre os homens que o interesse pessoal, o empedernido pagamento a dinheiro. Afogou os êxtases mais celestiais de fervor religioso, de entusiasmo cavalheiresco e de sentimentalismo fariseu nas águas geladas do cálculo egoísta. Reduziu o valor pessoal a moeda de troca e , no lugar das inumeráveis e imutáveis liberdades colocou essa liberdade única e sem escrúpulos o comércio livre. Numa palavra, substituiu a exploração brutal, directa, desavergonhada e nua pela exploração velada por ilusões politicas e religiosas…
A burguesia revelou como o brutal desenvolvimento da Idade Média, que os reaccionários tanto admiram, encontrou o seu complemento apropriado na maior indolência. Foi a primeira a mostrar o que a actividade humana pode causar. Conseguiu maravilhas superiores às pirâmides egípcias, aquedutos romanos e catedrais góticas; organizou expedições que obscurecem todos os antigos êxodos de nações e cruzadas”
“A burguesia não pode existir sem revolucionar os instrumentos de produção e, por conseguinte, as relações de produção bem como todas as relações sociais… A revolução constante de produção, a perturbação ininterrupta de todas as condições sociais, e a agitação e incerteza permanentes diferenciam a época burguesa das anteriores. Relações fixas e congeladas, com o seu séquito de opiniões e preconceitos antigos e veneráveis, são varridas e as novinhas em folha tornam-se antiquadas antes de ter tempo para se ossificarem. Tudo o que é sólido derrete-se no ar…”
do "Manifesto do Partido Comunista", 1848
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