A Educação nunca será uma mercadoria
Chega a ser impressionante a desfaçatez do senhor José Manuel Fernandes. Pelos artigos sem conta que tem escrito sobre Educação e pela análise superficialíssima que faz no seu editorial de domingo, o senhor director do Publico é já, sem qualquer dúvida, um dos maiores contribuidores para a grave deterioração do ensino em Portugal!
A sua cruzada contra aquilo que ele próprio designa por “corporativismo dos professores “já fez despoletar o “glorioso” ranking das escolas, cujo resultado tem sido desastroso e desmoralizante para a educação no nosso país. O senhor Fernandes, com o poder que detem como director de um grande jornal de referência, canta de galo e reduz, num ápice, a educação a uma simples mercadoria de pacote, “estandardizada”, que se produz, como se de uma fábrica se tratasse.
(continuação)
É que o conjunto de propostas finais apresentadas pelo ME para alteração do estatuto da Carreira Docente do Ensino não Superior é uma verdadeira subversão do próprio sistema, não só do educativo, mas do sistema de valores hierárquico que define, na sua essência, o próprio conceito de Estado organizado.
Segundo a lógica subversiva do ME e do seu profícuo acólito Fernandes, também nós, consumidores do “Público” teríamos o direito de avaliar o seu director com a classificação de insuficiente e mandá-lo para o “quadro de excedentes”
Sr. José Manuel Fernandes, sou professor do ensino secundário há 34 anos; fui presidente de conselhos directivos cerca de 20 anos, parte deles por nomeação superior e posso garantir-lhe que nunca o ensino esteve tão mal como nos últimos anos e que o senhor e o seu quarto poder têm contribuído para tal! Desça da sua cathedra e venha analisar, por exemplo, as condições de aprendizagem dos alunos do interior transmontano e beirão e prometo-lhe que ficará mais informado e esclarecido sobre as principais causas da decadência do ensino em Portugal.
Carta de José Ribeiro, V.N. de Foz Côa
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