terça-feira, março 27, 2012
segunda-feira, março 26, 2012
domingo, março 25, 2012
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quinta-feira, março 22, 2012
quarta-feira, março 21, 2012
Na última década gasóleo subiu 4,5 vezes mais do que salários
segunda-feira, março 19, 2012
Pepetela condena repressão
Artur Carlos Pestana, aliás "Pepetela", ex-ministro do governo de Angola e ex-Inquisidor da repressão que se seguiu aos acontecimentos de 27 de Maio de 1977, nunca investigados, condena actual Governo angolano (genericamente o mesmo de então) pela actual onda de repressão
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domingo, março 18, 2012
Os servos trabalham e os senhores recebem
Na TVI, Marques Mendes, que já foi presidente do PSD, disse sem rodeios de linguagem que a EDP se portava como um Estado dentro de um Estado e que mandava no Governo. Num programa de "prestígio" da SIC, os comentadores concordaram os três com esta opinião, pelos menos, brutal. E, num outro programa, uns tantos peritos, com a colaboração entusiástica de um antigo ministro de Cavaco, passaram uma hora a explicar as rendas de que a EDP neste momento goza e de que nunca em tempo algum deveria ter gozado. Solenemente, o jornalista que dirigia a conversa declarou a sessão um verdadeiro "serviço público" e houve por aqui e por ali alguns murmúrios, que não deixavam dúvidas sobre os sentimentos do cidadão comum. Mesmo para ele, a história ultrapassava o admissível.
Perante isto, que pode uma pessoa fazer? Ir a Oeiras chamar Otelo? Não sair mais de casa? Ou apanhar o primeiro avião para Inglaterra? Porque a monstruosidade em que se tornou a EDP não apareceu de repente, num acesso de incúria ou de generosidade ou, como o Império Britânico, por pura distracção. A EDP, como existe agora, exigiu tempo, o trabalho de centenas de peritos, de redes complicadas de influência política, de muito dinheiro e do zelo de escritórios de advogados, com certeza competentíssimos, que se encarregaram de tornar o embrulho à prova da lei.
Pedro Passos Coelho, um eleito do povo, e Vítor Gaspar, o ministro da Finanças, estão hoje (basta olhar para eles) numa situação que roça a impotência; e o contribuinte, como sempre, vai pagar a conta (uma conta crescente) por dezenas de anos. Meia dúzia de ingénuos sinceramente pensam que a nova maioria, a autoridade da troika e a presumível indignação dos portugueses (quase inexistente na nossa história política) acabarão por endireitar as coisas.
Peço desculpa de não acreditar neste milagre. A moral cívica não é um sentimento comum ao indígena desta região. Basta pensar na extraordinária quantidade de indiferença ou desprezo pelo uso parco e responsável dos milhões que o português paga a um fisco aberrante, para perceber que a nossa "classe dirigente" se considera dona do que recebe. Só isso explica a inevitabilidade da EDP e de centenas de escândalos menores, que dia a dia vamos descobrindo com resignação. Em grosso, renda era o nome que se dava antigamente ao produto do trabalho não-pago. Os servos trabalhavam e os senhores guardavam. No essencial, nada mudou muito
Link pago
comentário
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o que é importante o Pulido nunca menciona
só 30% da factura da electricidade é sobre o custo da energia (o resto são impostos e alcavalas) enquanto a EDP e
as suas subsidiárias acumulam lucros astronómicos que vão depois investir em negócios de exploração noutros paises.
Na prática a globalização é isto: os consumidores locais pagam, mas não têm retorno dos lucros obtidos pela exploração
dos outros consumidores noutros paises.
Pelo meio, fica a grande ideologia d"o lucro dos accionistas ser o principal factor a preservar como índice de desenvolvimento da sociedade" (Milton Friedman).
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Neste caso é apenas mais um episódio da submissão de Portugal ao governo das corporações globais. Enquanto isso, a implosão deste paradigma e a socialização da energia só acontecerá quando milhões de produtores se ligarem em rede numa espécie de "internet da energia" onde todos produzirão em detrimento das grandes centrais geridas pelas grandes corporações. Mas o peso das renováveis nos paises desenvolvidos não ultrapassa ainda os 3%...
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Neste caso é apenas mais um episódio da submissão de Portugal ao governo das corporações globais. Enquanto isso, a implosão deste paradigma e a socialização da energia só acontecerá quando milhões de produtores se ligarem em rede numa espécie de "internet da energia" onde todos produzirão em detrimento das grandes centrais geridas pelas grandes corporações. Mas o peso das renováveis nos paises desenvolvidos não ultrapassa ainda os 3%...
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