“variações infímas podem alterar irreversivelmente o padrão dos acontecimentos” Uma simples mistificação dos economistas americanos, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias, cientificamente dada a conhecer á Humanidade por Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos.

terça-feira, maio 17, 2005

TERRORISMO AMERICANO - EUA esconderam informação sobre sabotagem do avião cubano abatido em 1976

O presidente cubano Fidel Castro acusou quinta-feira (12) o governo dos Estados Unidos de conivência com o terrorismo, ao proteger e esconder informação sobre a explosão de um avião cubano em frente das costas de Barbados, em 6 de outubro de 1976.
Um dia depois dessa ação criminosa, o Bureau Federal de Investigações (FBI) e a Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA já sabiam quem eram os autores dessa ação criminosa, segundo um documento lido pelo presidente numa intervenção especial, quinta-feira 12, no Palácio das Convenções.
Um dos 14 documentos revelados e tornados públicos, há dois dias, pelo Arquivo de Segurança Nacional da Universidade George Washington, indica que uma fonte do FBI em Caracas mencionou os nomes e as circunstâncias em que se preparou o atentado.
"A fonte afirma que tinha certeza de que Luis Posada Carriles e Orlando Bosch tinham sido os artífices da explosão do avião", salientou Fidel, e além disso, menciona os nomes dos mercenários Hernán Ricardo e Freddy Lugo, que puseram a bomba no avião, ação terrorista que matou 73 pessoas.
"Tudo o que hoje se sabe, podia ter sido conhecido no dia seguinte da ação monstruosa", enfatizou Fidel, "em lugar de guardar e esconder a informação em arquivos".
O presidente do Parlamento cubano, Ricardo Alarcón, lembrou fatos ocorridos depois da sabotagem do avião, como a detenção de dois venezuelanos em Trinidad e Tobago e como eles foram parar na Embaixada americana nesse país com o nome e o número telefônico de um dos funcionários.
"Posada Carriles, que era o empregador deles, foi quem lhes deu esse número telefônico. Nesse momento, nem ele nem Bosch tinham sido apreendidos em Caracas, e o FBI e a CIA já sabiam tudo", disse Alarcón. E acrescentou que Trinidad e Tobago pediu ajuda, dados e informação e os Estados Unidos recusaram-se a ajudá-los.
"Agora é que estes documentos têm vindo à luz. Foram revelados em 1983, mas agora é que são tornados públicos, a partir de um pedido dessa instituição e todos evidenciam o espírito terrorista de Posada Carriles e Bosch, bem como o farisaísmo das autoridades estadunidenses", manifestou Alarcón.
Fidel qualificou Bush de pai e avô do monstro, se referindo a que era diretor da CIA no momento em que teve lugar a sabotagem, que foi quem — sendo reprovado pelo procurador-geral adjunto dos Estados Unidos — concedeu asilo no território desse país e depois o indulto.
"Veremos se agora vão fazer o mesmo com o outro", ressaltou Fidel a respeito da entrada ilegal de Posada Carriles nos Estados Unidos, do pedido de asilo político e do silêncio das autoridades desse país. O documento afunda nos pormenores do plano de atentado e assegura que se realizaram duas reuniões num hotel de Caracas, da qual participaram os terroristas Luis Posada Carriles, Frank Castro, Gustavo Castillo e Ricardo "Monkey" Morales.
"Algumas figuras do governo venezuelano estão envolvidas e, se Posada e Bosch falarem, teremos o nosso próprio Watergate", afirma a fonte do FBI, que transparece a necessidade de que eles sejam resgatados.
No comparecimento no Palácio das Convenções de Havana, Fidel citou outros relatórios revelados que apontam que, até junho de 1976, Posada esteve ligado à CIA, da qual foi agente na ativa desde 1965, embora as relações datem de 1961.
Em 10 de junho de 1976, teve lugar o último contato "ocasional" da CIA com seu agente e, por acaso, um dia depois foi criado a CORU em Santo Domingo, qualificado pelo próprio FBI como uma "organização terrorista anticastrista que se atribuiu atentados à bomba", comentou o presidente cubano.
O líder da Revolução expressou que a inteligência tomou conhecimento dos planos de atentados no território dos EUA e em outros países e essas informações jamais foram utilizadas para neutralizar os grupos terroristas ou agir contra eles.
Fidel se referiu ao bandido furibundo, John Bolton, que, por meio de pressão, o governo de Bush quer aprovar como embaixador americano na Organização das Nações Unidas.
A esse respeito, o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Felipe Pérez Roque, disse que desde 7 de março, dia em que Bolton foi proposto pelo presidente americano para tal cargo, a nomeação virou a maior polêmica de seu segundo mandato.
No total, 102 ex-embaixadores dessa nação assinaram uma carta reprovando essa proposta, que, em abril não foi aprovada por causa de dúvidas e preocupações a respeito de sua atitude e trajetória.
"Hoje, o Comitê das Relações Exteriores do Senado, após cinco horas de debates e não chegar a um acordo, tomou a decisão de remeter o caso ao plenário do Senado, sem recomendação, o que é considerado por especialistas como uma derrota política para George W. Bush", informou o chanceler.
"O mundo percebe a mentalidade nazi-fascista, mentirosa e enganosa desse governo", frisou e disse que tantas barbaridades e chavasquices que a imprensa denuncia eram alvo de debates e isso é prova da inaptidão desta administração.
Finalmente, leu um artigo do advogado José Pertierra, publicado no jornal cubano Juventud Rebelde, onde fica demonstrado que o presidente dos Estados Unidos deve prestar contas sobre o caso de Posada Carriles, que, há algumas semanas, entrou ilegalmente nos EUA.
Fidel ressaltou em sua intervenção que quase toda a mídia dos Estados Unidos e de outros países reconhece que Luis Posada Carriles é um terrorista.

Fonte: Granma Internacional

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