“variações infímas podem alterar irreversivelmente o padrão dos acontecimentos” Uma simples mistificação dos economistas americanos, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias, cientificamente dada a conhecer á Humanidade por Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos.

sexta-feira, maio 27, 2005

As contradições dos défices

I.Défices desde 1991, em função do PIB:
1991: -7,6 % do PIB
1992: -4,7 % do PIB ,ano de mudança nas séries estatisticas ,donde decorre a incorporação de 13 % de receitas não consideradas, até então, pelo que o crescimento real da economia deverá ser corrigido em conformidade, ou analisar até aqui , ou a partir daqui , se quisermos ser imparciais.
1993: -8,1 % do PIB
1994: -7,7 % d oPIB
1995: -5,5 % do PIB , como se vê, temos uma média de -7 %, tirando o ano de transição.Admitindo que 4,7 % seriam os encargos da divida, ficam , pelo menos 3,4 % do PIB para défice das despesas primárias. Ou seja , quer queira quer não ,há um défice estrutural desde essa altura, pelo menos e substancial . Está esquecido.
II Défices do governo minoritário PS, portanto ,sujeito a aprovações do orçamento do Parlamento,quer do PP,que do PPD,lembram-se ? Também se esqueceu a estória do queijo limianio,quando se discutia a construção de uma estrada e de uma ponte ? Caso a caso .
1.-1996 - -4,8 % do PIB
2.-1997 : -3,6 % do PIB
3.-1998 : -3,2 % do PIB
4.-1999 : -2,8 % do PIB
5.-2000: -2,8 % do PIB , ou seja, uma média de 3,4 % do PIB, portanto menos de metade da parte final da era Cavaco. Sem PEC . e com convergência efectiva , nomeada/ superavit nas despessas primárias. Porque era necessário para integrar a moeda única, e aderir ao BCE., como baixar a taxa de inflação e a taxa de juros. Portanto, além do desenvolvimento económico, em periodo de vacas gordas, crescimento de 4 % ao ano , ao nivel americano 1% acima da média europeia , convergindo, baixou, também ,as taxas de inflação e de juro , o que os governos Cavaco falharam , como falhou o ataque ao défice. E os défices só não foram menores porque parte substancial das receitas da venda do património público foram canalizadas para a amortização da divida pública, legado do governo anterior ,reduzindo esta e reduzindo os juros respectivos.. Como se pode verificar, não foi apenas a descida geral da taxa de juros que reduziu esta. Se recordarmos e pode-se comprovar nas estatisticas da época, o enchimento da função pública , 300000 funcionários e a instituição do sistema de promoções automáticas, mais gravosas que os aumentos salariais, dois efeitos que se sobrepõem, aumentando a incompetência, aliás promovendo-a, agora suspensa , final/. Final/, estamos no caminho de uma verdadeira reforma administrativa, a qual deverá ir até á eliminação dos maus funcionários e dos funcionários ,simples/ ,em excesso, o que desagradará a muitos,certamente. A resposta já estava em marcha, agora acentuar-se -á. Quanto a desenvolvimento, único aspecto , aparententemente,a crédito do governo cavaquista : temos 21 % de crescimento do PIB entre 1985 e 1995, a valores constantes ,dados indiscutiveis da OCDE.
Entre 1995 e 2001 o Pib cresceu 20,1 % d o PIB, o u seja cresceu tanto, neste período de 6 anos ,como em 10 anos do consulado absoluto de Cavaco,e convergiu-se pela 1.ºa vez , relativa/ á média europeia. Direi mais ,de um atraso de 15/ 20 anos no final cavaquista, passou-se para um atraso de 12 anos, relativa / á média europeia,simples/ notável, o que estava a ser acompanhado por especialistas franceses com preocupação. Pergunta-se , quem é despesista? Quem admitiu uns 300 00 funcionários e criou uma carreira tenebrosa de promoções automáticas ) Quem reduziu o défice -8,1 %, de défices primários para 2,8 % do PIB, sem recurso a medidas extraordinárias? Portanto, pela primeira vez criou superavites na despesa primária, já que os encargos da divida eram muito superiores a 3,2 % do PIB'? Tudo o que se afirmar em contrário é mentira e pura calúnia politica, desmentivel por quem seja isento. Quanto ao défice de 2001 , se se tivesse aplicado apenas 1,2 % de receitas extraordinários , o que o governo posterior fez ,sistemàticamente ,então, tb teriam enganado a U.E . e a economia. Enganaram a U.E. mas não enganaram a Economia. Mas bastariam as receitas desse ano, cobradas nos anos seguintes e vendidas ào CITYGroup por 1/10 do seu valor real para, honesta e criteriosa/ ,abaixá-lo da meta dos 3 % .Preferiu-se a chicana politica , convictos que eram capazes de reduzir o défice e fazer melhor figura. Infeliz/ para o Pais não foram capazes de o reduzir ,aumentaram-no até aos impensáveis 7 % do PIB! Como sabemos, o próprio Cavaco entendeu , em momento oportuno, desligar-se de tão má governação e tirar o tapete a uma classe politica sem mérito e sem classe .Para quem se esqueceu convem reler o seu Artigo publicado no Expresso.. Solicito ao director que publique, novamente, esse artigo para refrescar as memórias ,que continuam a culpar o P.R. de ter demitido o governo por incompetência. Nem Cavaco Silva se insurgiu ,nem o Povo, que sancionou essa decisão em dois terços contra um , dois votos contra um. Foi “possivel enganar parte do povo durante algum tempo, mas não é possivel enganar todo o Povo,durante todo o tempo. «Lincoln»

(comentário de um Leitor do Expresso-Online,não identificado)

 
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